Resenha - Despertar



Resenha feita pela Luh!  
Título: Despertar
Autora: Helena Andrade
Editora: Novo Século 
Páginas: 374
Ano: 2011
Saiba mais: Skoob
Comprar: Siciliano // Saraiva


Recomendo Despertar à qualquer um que estiver em clima de romance. 



Sinopse: “Mergulhei, senti a sensação em todo meu corpo. Emergi, olhei na direção onde o deixei. Ele continuava no mesmo lugar, me olhando. Estendi minhas mãos e o convidei a vir comigo.” Lívia não podia imaginar as mudanças que aconteceriam em sua vida. Mudanças que a despertariam para uma nova perspectiva profissional, para uma nova visão de mundo... e para um grande amor. 

A Trama: Nossa história se inicia com Lívia, uma mulher jovem que acabou de se formar em Medicina e arruma um emprego do outro lado do país, em uma cidadezinha do Amazonas. Lívia não conhece ninguém naquele lugar então a introdução dos personagens secundários é lenta e dá ao leitor a oportunidade de se entrosar. A cidadezinha de Guayi parece ser fascinante e Lívia trabalha como pediatra no único centro médico do local, a história tem um bom ritmo desde o início e a autora não prolonga muito os acontecimentos mas se certifica de dar ao leitor todos os detalhes necessários. É no centro médico que Lívia conhece Rodrigo, um médico jovem e bonito que mostra interesse por ela desde o início. Rodrigo e Lívia tinham muitos interesses em comum, além de seus gostos pessoais ambos planejavam fazer uma especialização no exterior e eu passei um boa parte do livro pensando que seria algo previsível e eles logo ficariam juntos, mas estava errada! (É surpresa, leiam o livro!)
Adorei a trama do livro. Era uma trama bem simples, sem grandes surpresas, foi isso que tornou tão fácil acreditar na história. Depois de vampiros, fadas, lobisomens, mágica e outras tantas fantasias, foi ótimo ler um bom romance "normal".
(Oh, só uma nota: não vi nenhuma cena imprópria no livro, pode ser recomendado para adolescentes sem problema algum.)

Os Protagonistas: Eu gostei da Lívia! Quem já leu alguma das minhas resenhas sabe o sufoco que eu passo com protagonistas, é difícil gostar de alguma, mas Lívia foi uma personagem sólida, com anseios e convicções bem normais para uma mulher jovem. Eu gostei da personalidade gentil dela e seus únicos defeitos eram ser um pouquinho "grudenta" e perdoar demais as pessoas (sim, estou falando do Rodrigo), mas ela demonstrou uma maturidade condizente com sua idade e não teve nenhuma atitude "suspeita" (daquelas que você fica pensando 'quem realmente faz isso?').

Os Personagens Secundários: Apesar de o romance deles ser um pouquinho óbvio demais, Thomas também foi um bom personagem. Ele não apareceu muito no início do livro, mas assim que foi apresentado parecia ser mais protagonista que a Lívia, ele praticamente "roubava a cena". Com o seu charme mais retraído e aquele jeito de cowboy, Thomas fez um belo par romântico e trouxe meu personagem predileto em toda a história: seu filho Lucas. Eu sempre me apaixono pelos personagens mais infantis e Lucas era uma criança muito fofa! Ele tinha um jeitinho meigo e ao mesmo tempo uma maturidade que você só encontra em poucas crianças e foi o melhor personagem do livro!

Capa, Diagramação e Escrita: A capa... eu deveria começar dizendo que eu tenho um preconceito com capa de romances, nunca gosto muito delas. Mas a capa não revelou o rosto dos personagens (eu odeio quando fazem isso) e tinha um tom suave de laranja, então eu até que gostei dela. Minha única reclamação é aquele estetoscópio, não combinou com nada. A escrita da Helena era muito boa, tinha umas palavras mais "incomuns" que eu recomendo para quem quiser expandir o vocabulário e a narrativa era gostosa de ler, eu conseguia ler intermináveis páginas sem me cansar.

Concluindo: O livro me surpreendeu de uma maneira boa, não teve "grandes emoções" mas foi fácil acreditar em tudo, os personagens eram bem desenvolvidos e apesar de eu não ser fã de livros que focam no romance, gostei muito de Despertar.

Quotes:
" - Olá! Sou Thomas Farrell. Ainda não nos apresentamos.
Peguei sua mão. Senti um choque percorrer meu corpo. Como se tivesse colocado o dedo na tomada. Não era uma sensação de dor ou pavor. Era uma sensação de prazer. Me fazia querer mais.
"
"Tenho de confessar. Estou apaixonada por este desconhecido. Só de pensar em vê-lo, me sinto tão eufórica que poderia sair pulando, correndo ao seu encontro."
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