Título: Todo Dia
Título Original: Every Day
Autor: David Levithan
Livro Único.
Páginas: 336
Editora: Galera Record
Ano: 2013
Saiba mais: Skoob
Comprar: Fnac // Extra // Saraiva
Um livro que me fez torcer pelo protagonista mais e mais a cada página.
Sinopse: A cada dia, um corpo diferente. Todo dia, uma vida diferente. Cada dia amando a mesma garota.
Todas as manhãs, A acorda no corpo e na vida de uma pessoa diferente. Não há qualquer aviso sobre onde ele estará e quem ele será no dia seguinte. A está em paz com isso, ele estabeleceu suas diretrizes: nunca se apegar, nunca ser notado, nunca interferir.
Tudo corre bem até uma manhã em que A acorda no corpo de Justin e conhece sua namorada, Rhiannon. A partir desse momento, as regras pelas quais viveu não se aplicam mais. Porque A finalmente encontrou alguém com quem quer estar todos os dias, um após o outro.
A Trama: A originalidade de David Levithan é incrível. A premissa do livro é diferente de qualquer outra que eu conheça e foi isso que me fez sair correndo e comprá-lo. Todo Dia foca na vida de A, que nem sequer tem um nome, e é importante ressaltar que 'ele' também não tem gênero, raça ou qualquer distinção. A acorda todos os dias no corpo de uma pessoa diferente e precisa ser rápido ao imitar a personalidade a qual tal corpo pertence. O protagonista tenta interferir o mínimo possível na vida da pessoa real e faz o possível para não se apegar aos amigos que tem por um dia. Isso funciona por um bom tempo.
O livro me deixou meio triste, porque A não quer nada de especial, ele só quer acordar na mesma cama todos os dias, ter uma família e amigos com os quais possa contar. É difícil tentar imaginar uma vida assim e eu simpatizei com o protagonista logo de início. Além disso, eu achei muito interessante a maneira como o autor interpreta a visão de A sobre gêneros. A não é homem ou mulher, então se interessa por ambos os sexos igualmente e não consegue compreender as distinções que a sociedade cria e o preconceito que sofrem as pessoas que não seguem os padrões.
O final, apesar de satisfatório, não foi bem o que eu queria e deixou muitas pontas soltas ao longo do livro.
O Protagonista: A poderia parecer uma pessoa muito fria se o autor não nos transmitisse exatamente o que ele sente, mas fica claro que por dentro ele sofre bastante com a rotina inconstante. Eu sentia angústia pelo personagem, daquelas que você tem muita vontade de abraçar a pessoa e dizer que vai ficar tudo bem, porque é inconcebível alguém ter que sofrer tanto.
Uma das poucas coisas que não me agradaram no livro foi o amor de A por Rhiannon, que parece ter surgido da noite para o dia. Mas, quando só se tem 24 horas em um corpo, como estipular um tempo mínimo para se apaixonar?
Os Personagens Secundários: Por boa parte do livro, eu não gostei de Rhiannon. Ela me parecia meio 'boba' e inocente demais e sua autoestima era quase inexistente. Mas quando me lembrei que a garota tinha quinze ou dezesseis anos, fez mais sentido. Afinal, que garota de quinze anos não é insegura?
Apesar de ter sido uma parte importante do livro, Rhiannon parecia estar lá apenas para complementar o protagonista, e não para chamar atenção para si própria. Eu não tenho do que reclamar, porque o livro ficou maravilhoso dessa maneira.
Como A muda de vida todos os dias, não existem muitos outros personagens secundários na história, apenas pessoas que aparecem brevemente. Em poucas páginas eu já havia me esquecido de seus nomes.
Capa, Diagramação e Escrita: Apesar de não ser uma das imagens mais lindas da minha estante, eu gostei da ideia simples dela. A diagramação ficou legal, com cada capítulo começando com o número do dia atual, só gostaria que as margens fossem um pouquinho maiores.
A maneira como o autor foi capaz de me prender desde as primeiras páginas tornou muito difícil largar o livro e mostra que David realmente tem um dom para a escrita. Mal posso esperar para ler mais de seus livros.
Concluindo: Recomendado! O livro só não leva uma nota maior porque muitas perguntas não foram respondidas, Rhiannon não foi uma personagem muito boa e o final poderia ter sido melhor, mas foi um dos melhores livros do ano (passado). Fico triste por ele não ter uma sequência, porque gostaria muito de saber mais sobre a jornada do protagonista. Todo Dia nos faz pensar um pouco mais sobre o amor e o que é realmente importante - que a outra pessoa tenha sempre o mesmo corpo, o mesmo número de telefone? Como é possível amar uma pessoa que não tem aparência definida, uma pessoa que você não pode apresentar a seus pais e amigos? O livro me fez refletir muito e por isso mereceu entrar para os meus favoritos.
Quotes:
O livro me deixou meio triste, porque A não quer nada de especial, ele só quer acordar na mesma cama todos os dias, ter uma família e amigos com os quais possa contar. É difícil tentar imaginar uma vida assim e eu simpatizei com o protagonista logo de início. Além disso, eu achei muito interessante a maneira como o autor interpreta a visão de A sobre gêneros. A não é homem ou mulher, então se interessa por ambos os sexos igualmente e não consegue compreender as distinções que a sociedade cria e o preconceito que sofrem as pessoas que não seguem os padrões.
O final, apesar de satisfatório, não foi bem o que eu queria e deixou muitas pontas soltas ao longo do livro.
O Protagonista: A poderia parecer uma pessoa muito fria se o autor não nos transmitisse exatamente o que ele sente, mas fica claro que por dentro ele sofre bastante com a rotina inconstante. Eu sentia angústia pelo personagem, daquelas que você tem muita vontade de abraçar a pessoa e dizer que vai ficar tudo bem, porque é inconcebível alguém ter que sofrer tanto.
Uma das poucas coisas que não me agradaram no livro foi o amor de A por Rhiannon, que parece ter surgido da noite para o dia. Mas, quando só se tem 24 horas em um corpo, como estipular um tempo mínimo para se apaixonar?
Os Personagens Secundários: Por boa parte do livro, eu não gostei de Rhiannon. Ela me parecia meio 'boba' e inocente demais e sua autoestima era quase inexistente. Mas quando me lembrei que a garota tinha quinze ou dezesseis anos, fez mais sentido. Afinal, que garota de quinze anos não é insegura?
Apesar de ter sido uma parte importante do livro, Rhiannon parecia estar lá apenas para complementar o protagonista, e não para chamar atenção para si própria. Eu não tenho do que reclamar, porque o livro ficou maravilhoso dessa maneira.
Como A muda de vida todos os dias, não existem muitos outros personagens secundários na história, apenas pessoas que aparecem brevemente. Em poucas páginas eu já havia me esquecido de seus nomes.
Capa, Diagramação e Escrita: Apesar de não ser uma das imagens mais lindas da minha estante, eu gostei da ideia simples dela. A diagramação ficou legal, com cada capítulo começando com o número do dia atual, só gostaria que as margens fossem um pouquinho maiores.
A maneira como o autor foi capaz de me prender desde as primeiras páginas tornou muito difícil largar o livro e mostra que David realmente tem um dom para a escrita. Mal posso esperar para ler mais de seus livros.
Concluindo: Recomendado! O livro só não leva uma nota maior porque muitas perguntas não foram respondidas, Rhiannon não foi uma personagem muito boa e o final poderia ter sido melhor, mas foi um dos melhores livros do ano (passado). Fico triste por ele não ter uma sequência, porque gostaria muito de saber mais sobre a jornada do protagonista. Todo Dia nos faz pensar um pouco mais sobre o amor e o que é realmente importante - que a outra pessoa tenha sempre o mesmo corpo, o mesmo número de telefone? Como é possível amar uma pessoa que não tem aparência definida, uma pessoa que você não pode apresentar a seus pais e amigos? O livro me fez refletir muito e por isso mereceu entrar para os meus favoritos.
Quotes:
If there's one thing I've learned, it's this: We all want everything to be okay. We don't even wish so much for fantastic or marvelous or outstanding. We will happily settle for okay, because most of the time, okay is enough.
I wake up thinking of yesterday. The joy is in remembering; the pain is in knowing it was yesterday.
This is the trap of having something to live for: Everything else seems lifeless.