Título: Filhos do Fim do Mundo
Autor: Fábio M. Barreto
Livro Único.
Editora: Fantasy (Casa da Palavra)
Páginas: 288
Ano: 2012
Saiba mais: Skoob
Comprar: Travessa // Submarino
Uma escrita muito envolvente.
Sinopse: É meia-noite quando a humanidade é surpreendida pela notícia: todas as crianças nascidas nos últimos 12 meses morreram misteriosamente. Descobrem também que plantas e filhotes também morreram. Um repórter responsável por cobrir os eventos preparativos para o fim do mundo, deixa sua esposa grávida em casa, partindo para uma perigosa missão investigativa, em que terá de enfrentar grandes desafios para proteger aqueles que ama. Em Filhos do Fim do Mundo, acompanhamos a saga de um repórter tentando se equilibrar entre sua função de pai e jornalista em meio ao caos pré- apocalipse. As catástrofes se misturam com a tensão psicológica do personagem em um envolvente romance que vai encantar os amantes de ficção.
A Trama: A primeira coisa que chamou minha atenção, logo no início do livro, é que os personagens não tem nomes. Eles são chamados de o Repórter, o Diretor, a Esposa e eu pensei que isso iria me confundir, mas acabei me acostumando bem rápido e até gostei da ideia. A história se inicia com nosso protagonista, acordando de madrugada com o som de sirenes de ambulância. Desde o início, a trama é recheada com muita ação e um senso de urgência que fez meu coração bater um pouco mais forte e esse ritmo intenso se mantém até as últimas páginas.
Filhos do Fim do Mundo gira em torno do Repórter e sua busca por um motivo, uma razão para a estranha tragédia global, e o leitor passa por uma montanha russa emocional com os altos e baixos de tal busca. A trama conseguiu me envolver de tal maneira que terminei o livro em menos de dois dias, só parando quando necessário e o que mais me agradou foi a maneira como o autor conseguiu focar na vida do protagonista mas, ainda assim, mostrar o cenário global e detalhar as cenas que contribuíam para uma melhor compreensão dos acontecimentos. O que estragou um pouco o livro é que passei o tempo inteiro esperando explicações que simplesmente não foram dadas. Não vou entrar em detalhes, basta dizer que se você é daqueles que precisa saber por que certas coisas aconteceram, vai se sentir frustrado.
O Protagonista: O Repórter é o personagem principal e sua personalidade me agradou bastante. Sempre preocupado com a saúde e futuro da Esposa e do filho que está prestes a nascer, ele se sujeita a situações aterrorizantes para tentar encontrar uma solução para o problema dos recém-nascidos. O mais incrível é a maneira como, apesar de ser muito afetado pelas mortes e caos ao seu redor, o Repórter não deixa sua moral e sua visão de certo e errado serem alteradas.
Os Personagens Secundários: Os personagens secundários foram muito bem desenvolvidos e às vezes eram narrados trechos da perspectiva deles para que o leitor pudesse acompanhar melhor o que estava acontecendo por todo o mundo. A Esposa, apesar de não participar tanto, era dona de uma coragem incrível, não consigo imaginar a força necessária para uma pessoa se manter sã e fiel às suas crenças ao estar grávida de sete meses e saber que o filho provavelmente nasceria morto. O Diretor foi um personagem bastante realista, tentava ser um homem correto e digno, mas ao mesmo tempo tinha defeitos e sofria com o caos e destruição à sua volta.
O meu predileto, entretanto, foi o Padre. Foi ele quem me fez rir e quase chorar e só lamento por não ter visto um pouco mais dele na história.
Capa, Diagramação e Escrita: Gostei muito da capa! O efeito "riscado" deu um ar mais apocalíptico e as casinhas no fundo, sem ninguém na rua, representam bem certas cenas do livro. O título também faz sentido e a diagramação é exatamente da maneira que eu prefiro, com separações claras para avisar quando muda o narrador.
Fábio Barreto é o melhor escritor nacional que já conheci, sua escrita é envolvente e me prendeu com uma intensidade que eu não esperava. Desde as primeiras páginas, parecia ser impossível largar o livro, eu precisava saber o que ia acontecer em seguida e pretendo comprar todos os futuros lançamentos do autor.
Concluindo: Com um ritmo intenso e a escrita incrível de Fábio Barreto, é uma leitura mais que recomendada! Apesar de o final ter me desapontado, a trama certamente conseguiu me conquistar.
Quotes:
Filhos do Fim do Mundo gira em torno do Repórter e sua busca por um motivo, uma razão para a estranha tragédia global, e o leitor passa por uma montanha russa emocional com os altos e baixos de tal busca. A trama conseguiu me envolver de tal maneira que terminei o livro em menos de dois dias, só parando quando necessário e o que mais me agradou foi a maneira como o autor conseguiu focar na vida do protagonista mas, ainda assim, mostrar o cenário global e detalhar as cenas que contribuíam para uma melhor compreensão dos acontecimentos. O que estragou um pouco o livro é que passei o tempo inteiro esperando explicações que simplesmente não foram dadas. Não vou entrar em detalhes, basta dizer que se você é daqueles que precisa saber por que certas coisas aconteceram, vai se sentir frustrado.
O Protagonista: O Repórter é o personagem principal e sua personalidade me agradou bastante. Sempre preocupado com a saúde e futuro da Esposa e do filho que está prestes a nascer, ele se sujeita a situações aterrorizantes para tentar encontrar uma solução para o problema dos recém-nascidos. O mais incrível é a maneira como, apesar de ser muito afetado pelas mortes e caos ao seu redor, o Repórter não deixa sua moral e sua visão de certo e errado serem alteradas.
Os Personagens Secundários: Os personagens secundários foram muito bem desenvolvidos e às vezes eram narrados trechos da perspectiva deles para que o leitor pudesse acompanhar melhor o que estava acontecendo por todo o mundo. A Esposa, apesar de não participar tanto, era dona de uma coragem incrível, não consigo imaginar a força necessária para uma pessoa se manter sã e fiel às suas crenças ao estar grávida de sete meses e saber que o filho provavelmente nasceria morto. O Diretor foi um personagem bastante realista, tentava ser um homem correto e digno, mas ao mesmo tempo tinha defeitos e sofria com o caos e destruição à sua volta.
O meu predileto, entretanto, foi o Padre. Foi ele quem me fez rir e quase chorar e só lamento por não ter visto um pouco mais dele na história.
Capa, Diagramação e Escrita: Gostei muito da capa! O efeito "riscado" deu um ar mais apocalíptico e as casinhas no fundo, sem ninguém na rua, representam bem certas cenas do livro. O título também faz sentido e a diagramação é exatamente da maneira que eu prefiro, com separações claras para avisar quando muda o narrador.
Fábio Barreto é o melhor escritor nacional que já conheci, sua escrita é envolvente e me prendeu com uma intensidade que eu não esperava. Desde as primeiras páginas, parecia ser impossível largar o livro, eu precisava saber o que ia acontecer em seguida e pretendo comprar todos os futuros lançamentos do autor.
Concluindo: Com um ritmo intenso e a escrita incrível de Fábio Barreto, é uma leitura mais que recomendada! Apesar de o final ter me desapontado, a trama certamente conseguiu me conquistar.
Quotes:
Sua mulher e a enfermeira gritavam a mesma coisa.
Seu filho estava morto.
Todas as crianças da maternidade estavam mortas. Todas.
Atrás dele, o relógio marcava meia-noite e cinco minutos. A luz verde do calendário eletrônico brilhava com ar fúnebre. Eram os primeiros minutos do fim do mundo.
Por ironia do destino, agora, lá dentro, havia esperança pela vida, em vez de promessa da morte certa.