Título: O Teorema Katherine
Título Original: An Abundance of Katherines
Livro Único.
Autor: John Green
Editora: Intrínseca
Páginas: 304
Ano: 2013
Saiba mais: Skoob
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Sinopse: Após seu mais recente e traumático pé na bunda - o décimo nono de sua ainda jovem vida, todos perpetrados por namoradas de nome Katherine - Colin Singleton resolve cair na estrada. Dirigindo o Rabecão de Satã, com seu caderninho de anotações no bolso e o melhor amigo no carona, o ex-criança prodígio, viciado em anagramas e PhD em levar o fora, descobre sua verdadeira missão: elaborar e comprovar o Teorema Fundamental da Previsibilidade das Katherines, que tornará possível antever, através da linguagem universal da matemática, o desfecho de qualquer relacionamento antes mesmo que as duas pessoas se conheçam.
A Trama: O livro possui 20 capítulos sobre a atual vida de Colin e alguns espalhados sobre as histórias de suas XIX Katherines, as ex-namoradas. Os vinte capítulos principais narram a aventura de Colin e seu melhor amigo Hassan que decidem viajar de carro sem rumo e acabam parando em Gutshot, uma cidadezinha no Tennessee, para visitar o túmulo do Arquiduque Francisco Ferdinando. Nessa cidade, eles conhecem Lindsey, OOC (o outro Colin, namorado de Lindsey), Hollis (a mãe de Lindsey) e outros moradores de Gutshot.
A trama é total e completamente diferente de qualquer coisa que você já tenha lido. Vou admitir que no começo eu pensei seriamente em desistir da leitura, pois parecia simplesmente uma história sem pé nem cabeça. Entretanto, não sou muito fã de desistir de leituras, então fui em frente e posso afirmar que, chegando no fim do livro, eu ainda penso que não faz sentido algum, mas eu amei a trama.
Curiosidades: Durante toda a história, o autor faz umas notas de rodapé com curiosidades ("Kafir vem de uma palavra árabe não muito simpática que significa não muçulmano, infiel.") ou até pensamentos e curiosidades sobre o próprio Colin ("Arara: era o que a mãe de Colin dizia quando alguém estava de provocação ou implicância..."). John Green coloca palavras como fugging e, na nota de rodapé, que deveria explicar o significado da palavra, há apenas: "Mais sobre o fugging - e variações - adiante (N.T.)".
No início do livro, as notas de rodapé causam parte do meu aborrecimento com a história. Algumas nem se quer faziam sentido e outras pareciam desnecessárias, mas aos poucos passei a amá-las.
O título "O Teorema Katherine" vem de um teorema real que Colin cria durante a trama. O teorema consegue prever cada um dos seus 19 relacionamentos com Katherines e, na verdade, foi criado por um amigo do autor chamado Daniel, um dos maiores matemáticos dos EUA.
O Protagonista: Colin é um garoto que está se formando no ensino médio, um 'prodígio' que consegue fazer anagramas de qualquer palavra, fala 11 línguas diferentes e já leu mais livros do que se pode contar. Em toda sua vida, ele namorou XIX Katherines, não Katerine, não Katerina, nem mesmo Kate, apenas Katherine.
O protagonista é exageradamente esperto, melodramático e meio irritante. A história na verdade é narrada em terceira pessoa (narrador onisciente) mas Colin é o principal personagem.
Os Personagens Secundários: São poucos personagens secundários, Hassen é um dos que mais aparecem, um muçulmano ("não terrorista", como ele faz questão de lembrar,) gordinho e muito engraçado. Lindsey é uma moradora de Gutshot que faz visitas guiadas ao túmulo do arquiduque, tem um sotaque típico do interior e está fazendo treinamento para ser paramédica, uma personalidade forte e decidida, minha personagem favorita! *-*
OOC é o outro Colin, o namorado de Lindsey, jogador de futebol, típico popular e bonito que causa inveja em qualquer um.
Holli é a dona da única fonte de renda da cidade, uma fabrica têxtil que foi construída pelo seu avô. Mãe de Lindsey, é muito querida e respeitada por toda a cidade.
Capa, Diagramação e Escrita: A capa combina com a história, é diferente e nela já existe uma nota de rodapé (logo no título) que muitos não percebem.
A escrita é simples no geral, mas há várias palavras em outros idiomas, principalmente em árabe, que são explicadas nas notas de rodapé. O livro é narrado em terceira pessoa, o que nos faz conhecer um pouco de cada personagem na visão de um narrador onisciente (que sabe/conhece tudo), e a diagramação é comum, mas aproveita bem o espaço da página.
Concluindo: Vale a pena conhecer Colin e Gutshot.
Não é o melhor livro do ano e não posso comparar aos outros livros do autor, já que não os li, mas acredito que ele seja completamente diferente tanto na trama quanto na narração e espero que vocês gostem!