Título: A Terra Inteira e o Céu Infinito
Título Original: A Tale for the Time Being
Livro Único.
Autora: Ruth Ozeki
Editora: Casa da Palavra
Páginas: 464
Ano: 2014
Saiba mais: Skoob
Comprar: Saraiva // Fnac
Um livro que começou muito bem e se perdeu no caminho.
Sinopse: O que acontece quando um diário perdida encontra o leitor certo? Numa remota ilha do Canadá, a escritora Ruth cata mariscos com o marido na praia quando se depara com um saco plástico coberto de cracas que envolve uma lancheira da Hello Kitty. Dentro, encontra um livro de Marcel Proust, Em Busca do Tempo Perdido, e se surpreende ao descobrir que o miolo, na verdade, é o diário de uma menina japonesa, Nao. A sacola misteriosa, segundo os rumores dos habitantes, é mais um dos destroços do último tsunami que devastou o Japão e foi levado pelas correntezas até a ilha.
Desde então, Ruth é tragada pela história do diário de Nao, uma menina que, para escapar de uma realidade de sofrimento – de bullying dos colegas e de um pai desempregado e suicida –, resolve passar seus últimos dias lendo as cartas do bisavô, um falecido piloto camicase da Segunda Guerra Mundial, e contando sobre a vida da avó, uma monja budista de 104 anos.
O que Ruth não esperava era que o diário iria levá-la a uma viagem onde ela e Nao podem finalmente se encontrar fora do tempo e do espaço.
“Uma obra muito bem escrita sobre magia e perdas e o
Desde então, Ruth é tragada pela história do diário de Nao, uma menina que, para escapar de uma realidade de sofrimento – de bullying dos colegas e de um pai desempregado e suicida –, resolve passar seus últimos dias lendo as cartas do bisavô, um falecido piloto camicase da Segunda Guerra Mundial, e contando sobre a vida da avó, uma monja budista de 104 anos.
O que Ruth não esperava era que o diário iria levá-la a uma viagem onde ela e Nao podem finalmente se encontrar fora do tempo e do espaço.
“Uma obra muito bem escrita sobre magia e perdas e o
A Trama: Ao observar algumas críticas do livro no site americano Goodreads, eu notei que esse era um livro "ame ou odeie" e, apesar de não ter realmente odiado, eu não gostei tanto dele. A Terra Inteira e o Céu Infinito conta intercaladamente a história de duas pessoas que não se parecem em nada. Ruth é uma mulher mais velha que vive em uma ilha remota e é uma escritora. Um dia, Ruth descobre na praia o diário de Nao, uma garota de quinze anos que mora em Tóquio e tem uma das vidas mais deprimentes que eu já vi.
Nao é uma narradora brilhante e consegue prender o leitor em suas explicações inteligentes e extremamente realistas dos costumes japoneses. A vida da garota já começa ruim, porém ainda há esperanças para ela e eu fiquei torcendo para dar tudo certo. Ruth, em comparação, acaba sendo um pouquinho entediante com sua vida pacata e bem comum, apesar de eu compreender seu sentimento de impotência ao ler sobre os problemas daquela garota e não poder fazer nada. Por sorte, as partes narradas pela mulher mais velha são pequenas.
A Protagonista: Nao cresceu nos Estados Unidos, apesar de ter pais japoneses, e foi forçado a voltar para o Japão quando seu pai perdeu o emprego e a família passou a ser pobre. Eu ficava com muita pena da garota, principalmente porque aquilo acabou sendo um choque para ela, que sempre teve uma vida boa. Nao sofre bullying pesado, mora em um apartamento tão pequeno que divide o quarto com os pais e passa por situações que pessoas comuns mal conseguem compreender. No início, os problemas da garota eram fascinantes, principalmente por ela fazer parte de uma cultura tão diferente, porém, com o tempo, foi ficando deprimente demais ver que a vida da protagonista só piorava e piorava.
Os Personagens Secundários: Ruth foi uma personagem totalmente desnecessária, na minha opinião, e a autora poderia ter se esforçado um pouquinho mais nela. A mãe de Nao era a única pessoa no livro que realmente se parecia com um adulto, trabalhando e cuidando de tudo. O pai da garota, entretanto, era um inútil e eu tinha a sensação de que ele só puxava a família para baixo (e sabia disso), porém ao mesmo tempo ficava pensando que deve ser terrível pensar isso de si mesmo.
Capa, Diagramação e Escrita: Eu não gostei muito da ilustração, porém ela combinou bastante com a trama. A diagramação é maravilhosa, há cartas, mensagens e outros detalhes especiais onde a fonte muda, além de apêndices no final do livro para explicar certas teorias.
A escrita da autora começou bem e foi ficando monótona conforme o avanço da trama, tanto nas partes narradas por Nao, quanto nas de Ruth.
Concluindo: Esse livro definitivamente não é para todos. Se a trama te interessa bastante e você não se incomoda com o clima depressivo do livro, recomendo que dê uma chance a ele, já que muitas pessoas o amaram. Entretanto, para mim o livro começou ótimo e a qualidade foi caindo aos poucos, até acontecer algo no final que estragou a maior parte da trama. Teria sido um livro ótimo se a autora tivesse criado uma conclusão diferente, mas não foi.
Nao é uma narradora brilhante e consegue prender o leitor em suas explicações inteligentes e extremamente realistas dos costumes japoneses. A vida da garota já começa ruim, porém ainda há esperanças para ela e eu fiquei torcendo para dar tudo certo. Ruth, em comparação, acaba sendo um pouquinho entediante com sua vida pacata e bem comum, apesar de eu compreender seu sentimento de impotência ao ler sobre os problemas daquela garota e não poder fazer nada. Por sorte, as partes narradas pela mulher mais velha são pequenas.
A Protagonista: Nao cresceu nos Estados Unidos, apesar de ter pais japoneses, e foi forçado a voltar para o Japão quando seu pai perdeu o emprego e a família passou a ser pobre. Eu ficava com muita pena da garota, principalmente porque aquilo acabou sendo um choque para ela, que sempre teve uma vida boa. Nao sofre bullying pesado, mora em um apartamento tão pequeno que divide o quarto com os pais e passa por situações que pessoas comuns mal conseguem compreender. No início, os problemas da garota eram fascinantes, principalmente por ela fazer parte de uma cultura tão diferente, porém, com o tempo, foi ficando deprimente demais ver que a vida da protagonista só piorava e piorava.
Os Personagens Secundários: Ruth foi uma personagem totalmente desnecessária, na minha opinião, e a autora poderia ter se esforçado um pouquinho mais nela. A mãe de Nao era a única pessoa no livro que realmente se parecia com um adulto, trabalhando e cuidando de tudo. O pai da garota, entretanto, era um inútil e eu tinha a sensação de que ele só puxava a família para baixo (e sabia disso), porém ao mesmo tempo ficava pensando que deve ser terrível pensar isso de si mesmo.
Capa, Diagramação e Escrita: Eu não gostei muito da ilustração, porém ela combinou bastante com a trama. A diagramação é maravilhosa, há cartas, mensagens e outros detalhes especiais onde a fonte muda, além de apêndices no final do livro para explicar certas teorias.
A escrita da autora começou bem e foi ficando monótona conforme o avanço da trama, tanto nas partes narradas por Nao, quanto nas de Ruth.
Concluindo: Esse livro definitivamente não é para todos. Se a trama te interessa bastante e você não se incomoda com o clima depressivo do livro, recomendo que dê uma chance a ele, já que muitas pessoas o amaram. Entretanto, para mim o livro começou ótimo e a qualidade foi caindo aos poucos, até acontecer algo no final que estragou a maior parte da trama. Teria sido um livro ótimo se a autora tivesse criado uma conclusão diferente, mas não foi.