
Título: O Iluminado
Título Original: The Shining
Série: O Iluminado
1- O Iluminado
2- Doctor Sleep (2013 US)
Autor: Stephen King
Editora: Suma de Letras
Páginas: 463
Ano: 2012
Saiba mais: Skoob
Comprar: Saraiva (ebook) // Submarino // Extra
Eu realmente queria ter gostado. Juro!
Sinopse: Danny Torrance não é um menino comum. É capaz de ouvir pensamentos e transportar-se no tempo. Danny é iluminado. Será uma maldição ou uma bênção? A resposta pode estar guardada na imponência assustadora do hotel Overlook.
Em O iluminado, quando Jack Torrance consegue o emprego de zelador no velho hotel, todos os problemas da família parecem estar solucionados. Não mais o desemprego e as noites de bebedeiras. Não mais o sofrimento da esposa, Wendy. Tranquilidade e ar puro para o pequeno Danny livrar-se das convulsões que assustam a família.
Só que o Overlook não é um hotel comum. O tempo esqueceu-se de enterrar velhos ódios e de cicatrizar antigas feridas, e espíritos malignos ainda residem nos corredores. O hotel é uma chaga aberta de ressentimento e desejo de vingança. É uma sentença de morte. E somente os poderes de Danny podem fazer frente à disseminação do mal.
Os Protagonistas: Jack foi demitido da escola após bater em um aluno. Após um quase acidente de carro, ele resolveu cortar o álcool de sua vida. Desde o início, vemos que ele era mais propenso à insanidade, por isso o "hotel" se aproveita dessa sua vontade louca de beber, que aparecia vez ou outra.
Danny era iluminado, um garotinho especial. Ele conseguia ver o que as pessoas estavam pensando, tinha vislumbres de possíveis previsões do futuro e podia se comunicar mentalmente com outros iluminados. Ele foi o primeiro a pensar que ir para o Overlook era má ideia, já que Tony, um amigo que ficava em sua cabeça, jogava imagens grotescas em sua mente para mantê-lo afastado do hotel. Tinha cinco anos e mal sabia ler, mas uma palavra mostrada por Tony o deixou bem receoso: redrum. Apesar da pouca idade, sabia mais do que um menino comum, por causa de sua iluminação.
Personagens Secundários: Wendy faria de tudo para proteger o filho, mesmo que isso significasse ficar o mais longe possível de Jack (devido a acidentes do passado). Eu gostei dela por ter conseguido se manter forte, mesmo quando a coisa tinha ficado preta. Hallorann era o cozinheiro do hotel e iluminado, como Danny. Ficou impressionado com o poder de iluminação do garoto e disse que ele poderia chamá-lo sempre que fosse preciso. Apesar de não passarmos muito tempo com ele, simpatizei muito com o personagem. E, claro, não posso me esquecer de que o Overlook em si é um personagem importante, mas não posso dizer muito sobre ele sem dar spoilers, mas digo que esse é um hotel que eu não faço a mínima questão de colocar meus pezinhos.
Num geral, todos os personagens são bem construídos e trabalhados. O Stephen sabe criar personagens críveis e que têm histórias, então é fácil acreditar neles. Ponto positivo!
Capa, Diagramação e Escrita: Eu adoro essa capa, e ela fica melhor ainda quando você descobre o significado com a trama (e o que há atrás dessa porta é algo que pode dar medo àqueles mais fracos quanto a histórias de terror). A diagramação está ótima, com tamanho da fonte bom para a leitura. Só encontrei alguns erros de revisão durante o livro, mas nada que atrapalhe a leitura. Stephen King abusou das descrições nesse livro, e acho que essa foi uma das coisas que mais me incomodou. Quando ele falava sobre determinado assunto, ao invés de seguir a história adiante, ele gastava algumas páginas contando aquele historinha, e isso me cansou muito. Alguns desses devaneios são importantes para a trama, mas outros são completamente irrelevantes, acho que poderiam ter sido cortados na edição final para tornar o livro mais dinâmico. Não sei se é porque já estou acostumada a histórias de terror ou o quê, mas eu não me assustei com esse livro, e como isso deveria ser o objetivo da história, mais um ponto que não me agradou. A narrativa do Stephen continua ótima, mas devido ao texto que não funcionou muito bem para mim, foi um pouco mais arrastada.
Concluindo: Não é um livro ruim, mas contradizendo o que muitas pessoas dizem, não foi o melhor do Stephen que eu li (judge me u.u). Acho que se não tivesse o elemento sobrenatural e apenas aquela coisa de loucura humana, psicopatia e etc., o livro teria funcionado melhor para mim (e, claro, tirado aquelas partes desnecessárias que eu falei). Tem um momento que o Jack está lendo alguns artigos de jornais, que são transcritos para o leitor, e aquelas informações são simplesmente desnecessárias. Confesso que pulei a maioria desses artigos. Num todo, o livro foi uma montanha-russa, com seus altos e baixos. Ele não me impressionou, não me marcou e não me deixou com medo. Acreditem, é bem difícil pra mim dar uma nota baixa para um livro dele, mas como eu me comprometi a dar minha sincera opinião sempre, tive que fazer isso. I'm so sorry, Steph :"(
Sobre o filme: Já tem bastante tempo que eu vi o filme, mas eu não gostei dele, também achei o terror fraco. A atuação do Jack Nicholson é um dos pontos fortes do longa, porque ele foi incrível no papel. Agora a de Shelley Duvall (Wendy), não me agradou (como a maioria das pessoas). E, pelo o que eu me lembro, várias coisas foram mudadas na adaptação. Mas algum dia pretendo assistir novamente o filme, assim como reler o livro, para ver se continuo com a mesma opinião.
Quotes:
Sobre o filme: Já tem bastante tempo que eu vi o filme, mas eu não gostei dele, também achei o terror fraco. A atuação do Jack Nicholson é um dos pontos fortes do longa, porque ele foi incrível no papel. Agora a de Shelley Duvall (Wendy), não me agradou (como a maioria das pessoas). E, pelo o que eu me lembro, várias coisas foram mudadas na adaptação. Mas algum dia pretendo assistir novamente o filme, assim como reler o livro, para ver se continuo com a mesma opinião.
Quotes:
(...) Todo hotel tem seus fantasmas? O Overlook tinha uma assembleia inteira deles. (...)
Naquele instante, ajoelhado ali, tudo ficou claro para ele. O Overlook não estava afetando apenas Danny. Estava afetando-o também. Não era Danny o elo fraco, era ele. Ele era o vulnerável, aquele que podia ser dobrado e torcido até que alguma coisa se partisse.
Este lugar desumano, cria monstros humanos.