Título: Mundo Novo
Título Original: The Young World
Série: Mundo Novo
1- Mundo Novo
2- Sem título (2015 US)
3- Sem título
Autor: Chris WeitzSérie: Mundo Novo
1- Mundo Novo
2- Sem título (2015 US)
3- Sem título
Editora: Seguinte
Páginas: 328
Ano: 2014
Saiba mais: Skoob
Comprar: Saraiva // Submarino // Americanas
Sinopse: Neste mundo novo, só restaram os adolescentes e a sobrevivência da humanidade está em suas mãos. Imagine uma Nova York em que animais selvagens vivem soltos no Central Park, a Grand Central Station virou um enorme mercado e há gangues inimigas por toda a parte. É nesse cenário que vivem Jeff e Donna, dois jovens sobreviventes da propagação de um vírus que dizimou toda a humanidade, menos os adolescentes. Forçados a deixar para trás a segurança de sua tribo para encontrar pistas que possam trazer respostas sobre o que aconteceu, Jeff, Donna e mais três amigos terão de desbravar um mundo totalmente novo. Enquanto isso, Jeff tenta criar coragem para se declarar para Donna, e a garota luta para entender seus próprios sentimentos - afinal, conforme os dias passam, a adolescência vai ficando para trás e a Doença está cada vez mais próxima.
Os Protagonistas: Jefferson não queria se tornar o "líder", mas depois da morte de seu irmão, pareceu a única coisa a fazer. Às vezes eu achava ele meio idiota, mas algumas características dele provaram que era certo ele estar à frente do grupo, como seu dom para conversa fazer todos ficarem interessados no que ele tinha a dizer e desistir de matá-los.
Eu adorei Donna! No início, seu mimimi sobre o Antes pode ser cansativo e até irritante, mas é compreensível, já que todos ali perderam seus pais e entes queridos. Ela não era um garotinha indefesa e gostei muito disso, pois ela poderia fazer as escolhas por si própria, mesmo que tenha escolhido seguir Jeff.
Personagens Secundários: Peter foi meu favorito, sem sombra de dúvida. E eu adorei que o autor não usou o esteriótipo de menino gay para criá-lo e sim fez dele um personagem bem humorado e até mesmo fodão. Crânio é super calado, mas como seu apelido diz, ele é o "crânio" do grupo, sempre entendendo tudo antes mesmo que qualquer outro possa considerar a hipótese. Seus pais eram cientistas e ele pegou muitas dessas coisas para si, além de ser ele que "descobre" onde a cura pode estar. Minifu também era bem legal e boa de briga, apesar de não terem focado muito nela.
Capa, Diagramação e Escrita: Eu gosto das ilustrações da capa, a maioria combina com os personagens do livro (só achei que aquela menina de cabelo curto, que acho que deveria representar Donna, não se parecem em nada com a personagem) e os desenhos continuam na orelha da capa e na contracapa, então temos mais personagens retratados. Só não gosto da cor que usaram na capa (em mãos, o livro é um laranja fluorescente que ficou meio estranho) e de como tá o nome do autor. O título ficou legal, mas o preto do nome do autor deu um contraste estranho com o resto. A diagramação está bem simples, mas boa para ler. Como temos dois personagens narrando em primeira pessoa (Jeff e Donna), os capítulos de cada um tem fontes diferentes. Eu gostei da escrita do Chris, ele soube narrar bem a história e os pontos de vista dos dois personagens não ficaram confusos.
Concluindo: O final me deixou bem ansiosa pela continuação, porque terminou em uma parte muito "WTF??" (de um jeito legal). Se esse livro não tivesse sequência, eu com certeza ficaria muito "p" da vida, mas agora só resta o segundo volume ser lançado ano que vem (em julho ainda, dá pra acreditar nisso? E nos EUA!). Eu adoro livros com esses temas de distopia, apocalipse, fim do mundo e etc., então mesmo com os clichês, eu gostei bastante de Mundo Novo e recomendo para quem também gosta de histórias assim.
Quotes:
(...) quando você está com fome, pensa com o estômago. Tipo, seu estômago realmente pensa. Ouvi dizer que o estômago tem tantos receptores de serotonina quanto o cérebro. Então somos como aqueles dinossauros com dois cérebros. Somos como os dinossauros de outras maneiras também. Vamos ser extintos, por exemplo.
(...) Eu vi o futuro, e ele é bacon.
Crânio (gênio do crime)
Donna (garota poderosa ligeiramente desequilibrada)
Peter (gay cristão viciado em adrenalina)
E eu (rei filósofo nerd)
Não é exatamente a Sociedade do Anel, mas não é tão ruim assim, (...).
O problema com tudo isso, o lance da princesa e o lance do jedi, é que - e eu tenho que falar sem rodeios - eles são ficcionais. Não existem. Na vida real, não há bruxas más, nem mentores sábios, nem fadas madrinhas, nem impérios do mal. Tudo são tons de cinza.
Argh, não posso acreditar que uma expressão tão útil foi sequestrada por aqueles livros idiotas.
Eu já matei antes. Mas não tão de perto. A intimidade é doentia.
(...) Quando você sai por aí agindo todo heroico e tentando mexer com o status quo, o status quo responde chutando o seu saco.