Resenha - Birman Flint e o mistério da Pérola Negra

Resenha feita pela Lary
Título:Birman Flint e o mistério da Pérola Negra
Série: O mistério da Pérola Negra
1 - Birman Flint e o mistério da Pérola Negra (2015)
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Autora: Sérgio Rossoni
Editora: Chiado
Páginas: 383
Ano: 2015
Saiba mais: Skoob
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Sinopse: Após mergulhar num mundo sombrio cercado por assassinos e traidores, Birman Flint depara-se com uma estranha verdade em torno de um antigo legado transformado numa maldição. A busca pelo misterioso artefato conhecido como Ra´s ah Amnui pode ser a resposta para a conspiração em torno do Czar Gatus Ronromanovich e sua família, conduzindo Flint por caminhos obscuros muito além da sua própria compreensão. Um artefato, uma estranha seita e um assassinato, todos eles interligados por algo que parece representar a chave deste misterioso enigma. Uma jóia, um objeto de rara beleza ocultando em si um passado sombrio, lançando nosso herói numa corrida contra o tempo para salvar a dinastia Ronromanovich do desastre iminente.

A Trama: Quando Karpof Mundogovich - um agente do Império Rudanês morre, Gallileu Ponterrouax pede ajuda para Birman Flint - um repórter investigativo, para ajudá-lo no caso. A morte traz muitos elementos suspeitos, não só a situação cheira a assassinato como são encontrados desenhos pintados com sangue deixados pela vítima,  há suspeitas de que uma seita muito antiga possa estar envolvida. Para desvendar o mistério e proteger o Czar da Moscóvia e sua família, Galileu, Birman e seu assistente Bazzou partem para o antigo império.  A história é divinamente construida, com elementos que lembram O código da Vince e filmes Noir, ainda pode ser mais do que criativa - todos as personagens são animais humanizado; Retratando cenários reais da Rússia pré-revolucionária e se inspirando na corte da famosa família Romanov Sérgio conseguiu fazer uma trama muito arrojada.

O Protagonista: Birman Flint é um gato repórter que trabalha no jornal Diário Felino, claramente o autor se inspirou em Sherlock Holmes para construir a personagem, mas a personalidade ficou mais voltada para Dick Tracey, apesar de amar a personagem preciso dizer que ela foi pouco explorada. Com personalidade superficial - talvez até por ser o primeiro volume de uma série, não foi possível me conectar de forma mais profunda.


Personagens Secundários: Todos as personagens tem nomes que combinam, de forma fofa, com sua espécie. Como o roedor assistente Bazzo, o gato Czar Ronromanovich, um galo detetive chamado Gallileu, e diversos outros: Esquilovski - um embaixador esquilo, Patovinsky Fabergerisky - um pato estudioso, etc... Novamente eles poderiam ser melhor explorados.

Capa, Diagramação e Escrita: A capa é linda, ouso dizer que só escolhi o livro por causa dela, achava inicialmente que a história era sobre piratas - não sei por que imaginei algo voltado a Piratas do Caribe... Ah sei, o nome. Ela compreende muito bem a atmosfera do livro e chama a atenção. A diagramação é simples com alguns errinhos de edição, o livro é grosso e achei a brochura um pouco "desmembrada", deixando o livro um tanto mole, dá medo dele se desmantelar durante a leitura. A escrita de Sérgio é fluida, mas ele se apega a tantos detalhes (novamente talvez por ser o primeiro livro de uma série), que a leitura em alguns momentos fica maçante.

Concluindo: Eu gostei, pretendo ler os próximos - mas há problemas, fáceis de ser resolvidos também, é um autor com muito potencial, amei sua criatividade.

OBS:. Descobri que o ilustrador da capa tem um blog e a pedido do autor fez a arte das personagens, você pode conferir o trabalho dele aqui.