
Título Original: The Thing About Jellyfish
Autor: Ali Benjamin
Editora: Verus
Páginas: 223
Ano: 2016
Saiba mais: Skoob
Comprar: Amazon // Submarino // Saraiva
Você sabia que acontecem cerca de 17 mil picadas de águas-vivas por hora?
Sinopse: Às vezes, quando nos sentimos mais solitários, o mundo decide se abrir de formas mágicas.Suzy Swanson está quase certa do real motivo da morte de Franny Jackson. Todos dizem que não há como ter certeza, que algumas coisas simplesmente acontecem. Mas Suzy sabe que deve haver uma explicação — uma explicação científica — para que Franny tenha se afogado.
Assombrada pela perda de sua ex-melhor amiga — e pelo momento final e terrível entre elas —, Suzy se refugia no mundo silencioso de sua imaginação. Convencida de que a morte de Franny foi causada pela ferroada de uma água-viva, ela cria um plano para provar a verdade, mesmo que isso signifique viajar ao outro lado do mundo... sozinha. Enquanto se prepara, Suzy descobre coisas surpreendentes sobre o universo — e encontra amor e esperança bem mais perto do que ela imaginava.
Este romance dolorosamente sensível explora o momento crucial na vida de cada um de nós, quando percebemos pela primeira vez que nem todas as histórias têm final feliz... mas que novas aventuras estão esperando para florescer, às vezes bem à nossa frente.
A Protagonista: Não gostei muito de Suzy e ela me irritou por boa parte do livro. Mesmo com apenas 12 anos, ela agia como uma criança de idade bem inferior, o que me impediu de sequer me importar com todo o seu drama. Essa foi a forma como a autora decidiu relatar o processo de luto da menina, mas para mim não funcionou muito bem. Além disso, Suzy decide não falar mais depois que descobre da morte da ex-melhor amiga, e isso é algo que me irritou bastante.
Capa, Diagramação e Escrita: Eu adoro essa capa, os tons de verde se misturam muito bem dando a sensação de estar no fundo do mar. A diagramação é boa, os capítulos são curtos e a narrativa é bem fluida. Apesar disso, me incomodou um pouco como Suzy era bem técnica em algumas coisas (já que o livro é narrado por ela). Ela era tão obcecada por saber os números das coisas, especialmente, mais tarde, das águas-vivas, que até cheguei a pensar que ela era autista. Isso é explicado por esse projeto ter sido, primeiramente, um tipo de pesquisa que a autora fez sobre águas-vivas, e que mais tarde decidiu transformar na história de Suzy. Mesmo que as águas-vivas sejam um elemento importante para o andar da história, toda essa "aula" sobre elas diminuiu um pouco o impacto do livro e, principalmente, não permitiu que eu tivesse uma conexão real com a história.


Concluindo: Mesmo com esses obstáculos, a história não deixa de ser tocante. O livro todo era para ser carregado de emoção, o que não aconteceu para mim, mas o último capítulo é a melhor parte, na minha opinião, porque conseguiu deixar meus olhos marejados. Não vou dizer que não vale a pena a leitura, porque vale, mas não ao ponto de ser uma prioridade.