Retrospectiva Literária 2016 - Lary

Olá, Olá! Eu sou a última e a mais perdida! Nunca fiz uma retrospectiva, então me perdoem se ela for sem graça... Vocês já sabem que meu gosto é... Excêntrico, certo?


O mais Bonito

Uma das joias da minha "coleção" é um dos livros mais bonitos que tenho na estante, sua jacket é translúcida e impressa em tinta cintilante. A capa da HQ é dura e o desenho é obscuro e detalhado, assim como por toda a história - em preto e branco com detalhes dourados. O traço de Neil exerce uma atmosfera "Tim Burton" com toques de delicadeza - uma Obra-prima.

Superou as Expectativas\ Melhor Surpresa
Série Não Pare!

Quando requisitei Não Pare da editora Valentina, foi sem nenhuma pretensão - havia achado a sinopse simpática somente. A escrita de Pepper é deliciosa, cativante. A trama foi criativa e soube focar nos seus pontos chaves, sem decepcionar e proporcionando uma leitura incrível.


Série Favorita

Dama da Meia-Noite me recordou como eu gostava do universo e da história de Instrumentos Mortais. Não que ela seja excepcional (ela é sim boa, bem escrita e criativa - mas acho que hoje em dia ela tem uma classificação média), mas me cativou pessoalmente. Além disso eu imaginei que o nível ia cair um pouco depois de tantos livros, mas isso não aconteceu, a trama de Dama da Meia-Noite é ótima, os personagens são muito interessantes e a leitura é muito fluida (tinha de ser também, livros enormes e maçantes não funcionam, ele tem 574 páginas).

Melhor Mangá
Orange

Orange é razoavelmente famoso no mundo dos mangás e fora deles também, apesar de eu ser uma leitora assídua do gênero, eu não conhecia a saga. Além do background e do esquema de desenho da mangaká serem encantadores, a história trata de um romance com uma veia dramática em transição da adolescência para a vida adulta que chegou a me deixar perturbada. Tratando temas como suicídio, relacionamento, comunicação, luto, amizade e amor. Orange é o tipo de história que marca sua vida.



Melhor Livro de um Autor Favorito

Acho que foi o livro mais divertido que li ano passado (ou não, acho que Scott Pilgrim também poderia se encaixar nessa categoria - mas foi o livro que eu mais me diverti lendo com certeza). Criaturas estranhas é um livro de contos - que normalmente não me apetece muito - mas a temática exigida por Gaiman para o autores que reuniu, fez dessa, uma obra fantástica! Lê-lo é como comer um banquete e se descobrir faminto!





Melhor Romance Histórico
Sedução da Seda

Sou uma romântica inveterada e tenho predileção por romances de época. Na minha concepção as roupas, o cenário, as maneiras e cultura de um povo são uma alegoria ou até personagens na trama de um romance (não que eu não goste dos romances modernos, mas dificilmente eles costumam me cativar). Sedução da Seda é quase comum, mas abordou o mundo da moda na época da Rainha Vitória na Inglaterra, (eu acho, não me recordo se essa é a linha do tempo desse livro ou algum outro, sorry) e essa temática junto a escrita sedutora de Loretta, me conquistaram - assim como a audácia de suas personagens.



Melhor HQ 

Eu já conhecia a história e havido assistido o filme repetidas vezes antes de ler a HQ, considero ela a melhor como um todo, e não somente o primeiro volume. Bryan é um dos gênios do gênero na atualidade, possui ideais que transpõe a criatividade padrão, um senso se humor sensacional e um gosto estranho - mas bem parecido com o meu - que me encanta, e ainda consegue fazer uma arte espetacular!






O Mais fofo

Meu único empate!!!!!Foi difícil decidir quem transbordava mais fofura. As escolhas foram mais do que condizentes com a minha profissão, na direita temos uma mangá dramático que mostra como o amor pelos animais, em evidência pelos cães, podem mudar a vida de uma pessoa ( isso aliado a uma arte maravilhosa). A esquerda temos um compêndio de fotografias, tiradas por um profissional competente e criativo, que brincava muito de esconde-esconde com o seu  adorável Border Collie (já li mais de cinco vezes e  até comprei uma outra edição).

A Maior decepção
Série Asylum

Eu não sei bem ao certo por que achei que Asylum seria tão bom... Não vi nenhuma resenha ou crítica muito elogiosa sobre ele - também não vi nada que projetasse uma fama ruim à série. Talvez tenha me deixado influenciar pelas capas e imaginado uma história a parte. Com uma ambientação infantil, história e personagens mal explorados, essa série poderia ser muito melhor do que realmente foi.

 O mais difícil de ler (por motivos ruins)
 O Mistério de Elêusis

Outra decepção, só não foi maior por que o livro é único, não me recordo de ter lido outro livro que tivesse a evolução tão arrastada quanto O Mistério de Elêusis. A trama tinha inclusive potencial, mas a abordagem do autor foi tão difícil - e talvez inovadora, e ortodoxa? Que acabou por tornar esse livro, uma leitura infeliz.


Testou minha sanidade mental
 O Cemitério

Eu não gosto de misturar em excesso a minha vida pessoal com o blog, primeiro por que vocês não tem absolutamente nada a ver com os meus problemas, e segundo por que não gosto de me expor - mas eu preciso falar disso para que entendam por que esse livro mexeu tanto comigo. Eu perdi minha mãe em 18 de abril do ano passado, e eu não sei quantos de vocês já passaram por isso, mas essa acontecido destruiu a minha alma, dilacerou meu coação e me fez ver o mundo em preto e banco - para falar o mínimo - por que é muito difícil descrever o que se sente nesses momentos. Eu havia recebido O cemitério da Suma de Letras antes disso, e precisa ler - como havia abandonado a vida, estava muito atrasada com as leituras. Claro que um livro de King sobre a morte não era a melhor escolha para o meu estado de espírito, mas eu não tinha opção (e sinceramente não achei que iria me afetar tanto). Em O cemitério, King brinca com o sentimento de luto, com os limites da psique humana, com as possibilidades que levam a morte e a morte em si. Acima de tudo mostra como algo belo e gentil pode transbordar horror. Não sei quem conhece a obra O grito de Edvard Munch, fui apresentada a ela aos 6 anos de idade, ela sempre me impressionou... Perder minha mãe e ler o cemitério logo depois, é como ser o protagonista de O grito, enquanto o universo se desfaz em pedaços, você vira do avesso enquanto tudo derrete ao seu redor e sua carne, órgãos e ossos estão expostos... E tudo doí tanto, ao ponto em que você não possa sentir mais nada...


Me tocou profundamente 

Tabitha Suzuma é uma feiticeira, em Proibido ela inventa um amor condenado, porém possível. Retratado de uma forma que chega a doer, pois ele é puro e verdadeiro mas inconcebível (e é essa luta que nós e as personagens travam mentalmente), apesar da relação nos causar horror, Tabitha a faz cativante o suficiente para que soframos muito ao ler e esperamos de fato que o casal consiga ficar junto.