
Título Original: Brave New World
Livro Único.
Autor: Aldous HuxleyEditora: Biblioteca Azul
Páginas: 312
Ano: 2014 (Original: 1932)
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Sinopse: Uma sociedade inteiramente organizada segundo princípios científicos, na qual a mera menção das antiquadas palavras “pai” e “mãe” produzem repugnância. Um mundo de pessoas programadas em laboratório, e adestradas para cumprir seu papel numa sociedade de castas biologicamente definidas já no nascimento. Um mundo no qual a literatura, a música e o cinema só têm a função de solidificar o espírito de conformismo. Um universo que louva o avanço da técnica, a linha de montagem, a produção em série, a uniformidade, e que idolatra Henry Ford. Essa é a visão desenvolvida no clarividente romance distópico de Aldous Huxley, que ao lado de 1984, de George Orwell, constituem os exemplos mais marcantes, na esfera literária, da tematização de estados autoritários. Se o livro de Orwell criticava acidamente os governos totalitários de esquerda e de direita, o terror do stalinismo e a barbárie do nazifascismo, em Huxley o objeto é a sociedade capitalista, industrial e tecnológica, em que a racionalidade se tornou a nova religião, em que a ciência é o novo ídolo, um mundo no qual a experiência do sujeito não parece mais fazer nenhum sentido, e no qual a obra de Shakespeare adquire tons revolucionários. Entretanto, o moderno clássico de Huxley não é um mero exercício de futurismo ou de ficção científica. Trata-se, o que é mais grave, de um olhar agudo acerca das potencialidades autoritárias do próprio mundo em que vivemos.
A Trama: A história se passa em um futuro utópico (ou distópico, dependendo do ponto de vista), em que o conceito de "pai" e "mãe" não existe mais, as pessoas são criadas em laboratório e cada uma de acordo com a "casta" em que vai viver. Por exemplo, se alguém for destinada a uma casta que irá servir aos outros, ela é criada de uma forma a ter menos inteligência, ter um físico mais fraco e até mesmo condicionadas a ter algum retardo mental. Nessa sociedade agora eles cultuam Ford (sim, aquele do carro), que, aparentemente, foi o responsável pelo avanço da tecnologia até o que ela é hoje - no livro. Ninguém questiona o motivo de se viver daquela forma, não há perturbações e as pessoas não têm amarras. Não existe mais casamento, e se você fica preso a uma pessoa só (como num relacionamento) é taxado de estranho, já que todos são livres para usufruírem de sua sexualidade com quantas pessoas quiser. E além de tudo há o Soma, uma pílula capaz de deixar tudo mais leve e tranquilo quando sua mente começa a viajar por caminhos estranhos. Admirável Mundo Novo é um livro que trás mensagens e reflexões muito válidas sobre a sociedade até os dias de hoje, mesmo o livro tendo sido lançado em 1932. Meu maior problema com o livro foi a forma como tudo foi contado. A história em si é muito interessante e pertinente, mas achei a execução, a narrativa, morosa, monótona e um pouco entediante. O processo de leitura foi um pouco cansativo e, mesmo sabendo que o livro passava críticas gigantescas, eu não conseguia me envolver tanto com a história.