Top 10 Livros de Autores Negros
Graças a Deus o que não faltou ultimamente na mídia foi a
repercussão dos direitos dos negros, e no mundo literário não foi diferente,
vimos muitas indicações de livros que abordam a marginalização dos
negros, assim como livros escritos por eles. Aqui vão nossas indicações:

1. Chimamanda Ngori Adichie
Protagonista e narradora de Hibisco roxo, a adolescente Kambili mostra como a religiosidade extremamente “branca” e católica de seu pai, Eugene, famoso industrial nigeriano, inferniza e destrói lentamente a vida de toda a família. O pavor de Eugene às tradições primitivas do povo nigeriano é tamanho que ele chega a rejeitar o pai, contador de histórias encantador, e a irmã, professora universitária esclarecida, temendo o inferno. Mas, apesar de sua clara violência e opressão, Eugene é benfeitor dos pobres e, estranhamente, apoia o jornal mais progressista do país. Durante uma temporada na casa de sua tia, Kambili acaba se apaixonando por um padre que é obrigado a deixar a Nigéria, por falta de segurança e de perspectiva de futuro. Enquanto narra as aventuras e desventuras de Kambili e de sua família, o romance também apresenta um retrato contundente e original da Nigéria atual, mostrando os remanescentes invasivos da colonização tanto no próprio país, como, certamente, também no resto do continente. “Uma história sensível e delicada sobre uma jovem exposta à intolerância religiosa e ao lado obscuro da sociedade nigeriana.


2. Yaa Gyasi

Yaa Gyasi tornou-se um dos nomes mais comentados na cena literária norte-americana em 2016. Ela é uma escritora de 31 anos nascida no Gana, mudou-se aos 2 anos de idade para os Estados Unidos, sendo criada em estados sulistas como o Alabama e o Tennessee. Voltou ao seu país já adulta e, depois de conhecer o Castelo da Costa do Cabo de Gana, onde escravos eram mantidos como prisioneiros, decidiu escrever seu primeiro romance, (e até agora único). O caminho de casa, recebeu resenhas dos mais importantes jornais e revistas do país, alcançou a disputada lista dos mais vendidos do The New York Times e foi incluído na prestigiosa lista dos 100 livros notáveis do ano do mesmo jornal. Yaa foi nomeada uma das 5 melhores escritoras abaixo dos 35 anos pela National Book Foundation, além de estar sendo comparada com escritores de renome, como a nigeriana Chimamanda Ngozie Adichie.

Observando Esch, ninguém poderia adivinhar que um grande furacão, o Katrina, ameaçava seriamente a sua vida… Ela tem apenas 14 anos e maravilha-se com tudo o que lhe acontece: descobrir o amor e ficar grávida, por exemplo, ao mesmo tempo que a cadela Pit Bull China tem uma ninhada de cães que traz uma grande alegria aos seus três irmãos: Júnior, o mais novo e curioso de todos, Skeetah, que admira aqueles cães como forças da natureza, e Randall, que espera obter com a venda da ninhada os meios para seguir uma carreira no basquetebol. Os avisos de um furacão cada vez mais poderoso a formar-se ao largo do Golfo do México e em rota de colisão com a região pobre de Bois Sauvage, onde Esch vive, só lhe chegam como rumores vagos, principalmente do pai ausente e frequentemente bêbado, em constante alvoroço entre alguns biscates e o recolher de materiais para fortificar a casa contra o cataclismo que se avizinha. Pode esta família de crianças sem mãe, e de pai distante, continuar a viver os seus sonhos e fantasias no meio da pobreza e sob a ameaça de um desastre natural? O amor que os une é praticamente o único recurso que possuem e a força da sua inocência terá de vencer a força do furacão.
Jesmyn Ward nasceu em 1977 na cidade de DeLisle, Mississippi. Concluiu os seus estudos na University of Michigan, onde granjeou importante reconhecimento pela escrita de ensaios, peças de teatro e ficção. A obra No Coração da Tempestade valeu-lhe os prêmios National Book Award for Fiction, em 2011, e Alex Award, em 2012. Trabalha atualmente como professora assistente de Escrita Criativa na University of South Alabama Jesmyn Ward. Ela já havia conquistado o National Book Award 2017 com seu romance "Sing, Unburied, Sing", esta que é uma das mais conceituadas premiações literárias norte-americanas com uma importante contribuição na divulgação de autores e tendo em seu histórico nomes de peso como: Ralph Ellison, Saul Bellow e Jonathan Franzen, para citar somente alguns.
4. Colson Whitehead


Arch Colson Chipp Whitehead (nascido em 6 de
novembro de 1969) é um romancista americano. Ele é autor de sete romances,
fazendo sua estreia em 1999. Se tornou o quarto escritor na história a ganhar
dois prêmios Pulitzer em ficção. Com isso, ele se junta aos nomes de Booth
Tarkington, William Faulkner e John Updike. Whitehead ganhou em 2020 com "O
reformatório Nickel" (Harper Collins), obra sobre abuso em um reformatório
juvenil americano na década de 60. Seu primeiro prêmio foi recebido em 2017,
graças ao livro "The Underground Railroad: Os caminhos para a
Liberdade", (Harper Collins), por esse mesmo livro ele também
ganhou o National Book Award de ficção de 2016. Ele também publicou
dois livros de não ficção. Em 2002, ele recebeu uma bolsa MacArthur
("Genius Grant").
5. Alice Walker
O romance A cor púrpura retrata a dura vida de Celie, uma mulher negra do sul dos Estados Unidos da primeira metade do século XX. Pobre e praticamente analfabeta, Celie foi abusada, física e psicologicamente, desde a infância pelo padrasto e depois pelo marido. Um universo delicado, no entanto, é construído a partir das cartas que Celie escreve e das experiências de amizade e amor, sobretudo com a inesquecível Shug Avery. Apesar da dramaticidade de seu enredo, A cor púrpura se mostra extremamente atual e nos faz refletir sobre as relações de amor, ódio e poder, em uma sociedade ainda marcada pelas desigualdades de gênero, etnia e classes sociais.

O romance A cor púrpura retrata a dura vida de Celie, uma mulher negra do sul dos Estados Unidos da primeira metade do século XX. Pobre e praticamente analfabeta, Celie foi abusada, física e psicologicamente, desde a infância pelo padrasto e depois pelo marido. Um universo delicado, no entanto, é construído a partir das cartas que Celie escreve e das experiências de amizade e amor, sobretudo com a inesquecível Shug Avery. Apesar da dramaticidade de seu enredo, A cor púrpura se mostra extremamente atual e nos faz refletir sobre as relações de amor, ódio e poder, em uma sociedade ainda marcada pelas desigualdades de gênero, etnia e classes sociais.

6. Neal Shusterman

A humanidade venceu todas as barreiras: fome, doenças, guerras, miséria… Até mesmo a morte. Agora os ceifadores são os únicos que podem pôr fim a uma vida, impedindo que o crescimento populacional vá além do limite e a Terra deixe de comportar a população por toda a eternidade. Citra e Rowan são adolescentes escolhidos como aprendizes de ceifador — um papel que nenhum dos dois quer desempenhar. Para receberem o anel e o manto da Ceifa, os adolescentes precisam dominar a "arte" da coleta, ou seja, precisam aprender a matar. Porém, se falharem em sua missão — ou se a cumplicidade no treinamento se tornar algo mais —, podem colocar a própria vida em risco.


Em 3 de dezembro de 1976, às vésperas das eleições na Jamaica e dois dias antes de Bob Marley realizar o show Smile Jamaica para aliviar as tensões políticas em Kingston, sete homens não identificados invadiram a casa do cantor com metralhadoras em punho. O ataque feriu Marley, a esposa e o empresário, entre várias outras pessoas. Poucas informações oficiais foram divulgadas sobre os atiradores. No entanto, muitos boatos circularam a respeito do destino deles. Breve história de sete assassinatos é uma obra de ficção que explora esse período instável na história da Jamaica e vai muito além.
Marlon James cria com magistralidade personagens — assassinos, traficantes, jornalistas e até mesmo fantasmas — que andaram pelas ruas de Kingston nos anos 1970, dominaram o submundo das drogas de Nova York na década de 1980 e ressurgiram em uma Jamaica radicalmente transformada nos anos 1990. Marlon James, nascido em 24 de novembro de 1970) é um escritor jamaicano que mora nos Estados Unidos, onde leciona literatura no Macalester College, em St. Paul, Minnesota.Ele também é professor no MFA de baixa residência do St. Francis College em Escrita Criativa. É o vencedor do Man Booker Prize de 2015 com o livro "Breve história de sete assassinatos", seu terceiro romance. Ele escreveu quatro romances: "O Diabo de John Crow" (2005), "O Livro da Noite das Mulheres" (2009), "Uma Breve História de Sete Mortes" (2014) e R"ed Wolf" (2019).
8. Octavia Butler

Octavia Estelle Butler nasceu em Pasadena, no dia 22 de Junho de 1947 — e faleceu
em Lake Forest Park, no dia 24 de Fevereiro de 2006, mais conhecida por Octavia Butler, foi uma escritora afro-americana consagrada por seus livros de ficção científica feminista e por inserir a questão do preconceito e do racismo em suas histórias. Decidiu tornar-se escritora aos doze anos ao assistir o filme Devil Girl from Mars e convencendo-se de que poderia escrever uma história melhor. Depois de vender algumas histórias para antologias, adquiriu notoriedade a partir dos anos 1980, ganhando os prêmios Nebula e Hugo. Mas foi a publicação dos livros "A parábola do semeador" (1993) e Parábola dos Talentos (1998) que solidificou sua fama como escritora. Em 2005, ela foi admitida no Hall Internacional da Fama de Escritores Negros. Após sua morte, em 2006, uma bolsa de estudos que leva seu nome foi criada para incentivar estudantes negros inscritos nas oficinas de escrita onde Butler foi aluna e, mais tarde, professora.

Zélie Adebola se lembra de quando o solo de Orïsha vibrava com a magia. Queimadores geravam chamas. Mareadores formavam ondas, e a mãe de Zélie, ceifadora, invocava almas.Mas tudo mudou quando a magia desapareceu. Por ordens de um rei cruel, os maji viraram alvo e foram mortos, deixando Zélie sem a mãe e as pessoas sem esperança. Agora Zélie tem uma chance de trazer a magia de volta e atacar a monarquia. Com a ajuda de uma princesa fugitiva, Zélie deve despistar e se livrar do príncipe, que está determinado a erradicar a magia de uma vez por todas. O perigo espreita em Orïsha, onde leopanários-das-neves rondam e espíritos vingativos aguardam nas águas. Apesar disso, a maior ameaça para Zélie pode ser ela mesma, enquanto se esforça para controlar seus poderes — e seu coração.
nascida em 1 de agosto de 1993 é uma escritora norte-americana de origem nigeriana. Ela ficou conhecida por seu livro Filhos de Sangue e Osso, o primeiro da trilogia O Legado de Orïsha, publicado no Brasil pela editora Rocco. Em 2018, ganhou o Prêmio Andre Norton de Ficção Científica e de Fantasia para Jovens Adultos, e em 2019, foi finalista no Prêmio Lodestar para Melhor Livro para Jovens Adultos, além de ser o Vencedor do Prêmio Nebula de 2018 na categoria Prêmio Andre Norton de Excelência para Livro de Fantasia ou Ficção Científica Jovem-Adulto e do Prêmio Hugo de 2019 na categoria Prêmio Lodestar de Melhor livro Jovem Adulto. Eleito um dos melhores livros de 2018 na categoria infantojuvenil pelo Entertainment Weekly, Amazon, Time, Newsweek e Publishers Weekly. Tomi Adeyemi nasceu nos Estados Unidos, depois que seus pais emigraram da Nigéria. Foi apenas quando adulta que ela começou a abraçar sua herança nigeriana e descreveu seu romance como uma carta de amor à sua cultura. Adeyemi escreveu sua primeira história aos cinco anos de idade, criando uma personagem que seria uma irmã gêmea, também chamada Tomi. Mas, ela só foi criar outra personagem negra aos 18 anos. Se formou na Hinsdale Central High School em Hinsdale, Illinois em 2011 e na Universidade de Harvard com um diploma de honra em Literatura inglesa. Posteriormente, ganhou uma bolsa de estudos e veio para o Brasil, pesquisar a história da escravidão brasileira e traçar uma comparação entre a identidade afro-brasileira e afro-americana. Depois de tomar conhecimento sobre orixás e as religiões de matriz africana, a autora passou a estudar mitologia e cultura da África Ocidental. A Fox 2000 comprou os direitos de adaptação do livro para filme, e o acordo foi de aproximadamente sete dígitos, sendo considerado um dos maiores acordos de publicação de um romance estreante para jovens adultos. Adeyemi mora atualmente em San Diego, Califórnia.

Racismo Abuso Libertação. A vida de Marguerite Ann Johnson foi marcada por essas três palavras. A garota negra, criada no sul por sua avó paterna, carregou consigo um enorme fardo que foi aliviado apenas pela literatura e por tudo aquilo que ela pôde lhe trazer: conforto através das palavras. Dessa forma, Maya, como era carinhosamente chamada, escreve para exibir sua voz e libertar-se das grades que foram colocadas em sua vida. As lembranças dolorosas e as descobertas de Angelou estão contidas e eternizadas nas páginas desta obra densa e necessária, dando voz aos jovens que um dia foram, assim como ela, fadados a uma vida dura e cheia de preconceitos. Com uma escrita poética e poderosa, a obra toca, emociona e transforma profundamente o espírito e o pensamento de quem a lê.
