Resenha - Convergente

Resenha feita pela Luh
Título: Convergente
Título Original: Allegiant
Série: Divergente
1- Divergente (2012)
2- Insurgente (2013)
3- Convergente
Autora: Veronica Roth
Editora: Rocco
Páginas: 528
Ano: 2014
Saiba mais: Skoob
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Atenção: Essa resenha não contém spoilers de Divergente e Insurgente!

Sinopse: A sociedade baseada em facções, na qual Tris Prior acreditara um dia, desmoronou – destruída pela violência e por disputas de poder, marcada pela perda e pela traição. No poderoso desfecho da trilogia Divergente, de Veronica Roth, a jovem será posta diante de novos desafios e mais uma vez obrigada a fazer escolhas que exigem coragem, fidelidade, sacrifício e amor.

A Trama: Essa trilogia, além de ser minha predileta, certamente é amada por muitos, tendo recebido no Goodreads (a única premiação que eu realmente considero, por serem os leitores que votam) o prêmio de melhor fantasia jovem adulto para seus três livros, além de Veronica Roth ser eleita a melhor autora de 2012. Não preciso mencionar que minha expectativas eram astronômicas, porém o livro não foi bem o que eu esperava.
Convergente começa logo onde o livro anterior terminou, e é fácil ser sugado novamente para dentro da trama. Em cada livro da trilogia a autora nos apresenta um mundo completamente diferente e a mudança de cenário me deixou animada, com os personagens tendo que lidar com a nova realidade e os problemas que a acompanham. Como esperado, o foco é nos sentimentos dos personagens e há diversas cenas de ação, as reviravoltas são incríveis e a autora se esforçou para trazer conflitos realistas e interessantes para a trama, fazendo o leitor refletir sobre os mais diversos assuntos.
O final foi criticado por muitos, talvez por não ter sido o que os fãs esperavam, porém na minha opinião ele manteve-se realista e fiel aos personagens. Seria ótimo se a autora tivesse explicado melhor alguns fatos, mas foi o suficiente para mim.

Os ProtagonistasAqui está o meu grande problema com o livro. A autora decidiu inovar e em Convergente há dois protagonistas e narradores, Tris e Quatro.
Amo Tris como protagonista, aprendi a ver os defeitos da personagem como uma grande parte de sua personalidade e gostei de como ela se manteve fiel à sua essência, não importando a situação. Tris é muito teimosa e tem a "síndrome do herói", sempre procurando o perigo, mas ela faz isso para tentar proteger àqueles que ama. Por gostar dela como narradora e já estar acostumada, senti que a personagem não recebeu o destaque que merecia.
Eu sempre gostei de Quatro, entretanto seu grande charme era o ar misterioso e as raras cenas em que ele se permitia ser vulnerável. Quando ele se tornou narrador, o mistério acabou e sua vulnerabilidade ficou exposta demais, o que estragou o personagem pra mim.

Os Personagens Secundários: Veronica Roth parece sentir um prazer especial em matar personagens e sinto informar que teremos alguns funerais em Convergente, então não se apeguem demais. Alguns novos personagens surgem, contudo nenhum que tenha chamado minha atenção. Para compensar, vários dos meus antigos prediletos estão presentes e voltam a demonstrar porque eu gosto tanto deles. 

Capa, Diagramação e Escrita: Amei as cores escolhidas para essa capa, apesar de o símbolo não ser meu predileto. O título foi uma boa escolha e a diagramação interna está ótima, além de ter as folhas amarelas que os leitoras tanto gostam.
Veronica, apesar de ainda ter uma ótima escrita, parece ter perdido aquela qualidade especial que tornava seus personagens tão envolventes. Eu continuava me importando com o destino de cada um por já ter me apegado à eles nos livros anteriores, porque em Convergente eles não me cativaram.

Concluindo: Talvez eu tenha esperado demais do livro, porém ele não atingiu minhas expectativas. Continua sendo uma série maravilhosa que recomendo a todos, e a trama é de qualidade, ainda assim, a escrita e os personagens me envolveram muito mais em Divergente e Insurgente.

Quotes:
Suponho que um fogo que queima tão brilhante não é feito para durar.

Mais do que tudo, sinto saudade dos medos que senti nas últimas semanas, tão pequenos quando comparados aos de agora.

Sento-me em cima do suéter e examino meus nós dos dedos. Alguns deles estão cortados pelos socos que dei em Caleb, e pontilhados com leves contusões. Parece apropriado que deixe uma marca em nós dois. É como o mundo funciona.

Eu tinha começado a sentir que havia encontrado um lugar para ficar, um lugar que não era tão instável, corrupto ou controlador, ao qual poderia enfim pertencer. Eu já deveria ter aprendido que tal lugar não existe.

Classificação: