Resenha - Proposta Inconveniente

Resenha feita pela Tay!
Título: Proposta Inconveniente
Título Original: An Improper Proposal
Livro Único.
Autor: Patricia Cabot
Editora: Record
Páginas: 350
Ano: 2014
Saiba mais: Skoob
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SinopseApaixonada pelo capitão Connor Drake, Payton sonha em ser capitã de seu próprio navio. Ela cresceu desejando essa profissão exclusivamente masculina, mas agora deve abdicar disso tudo para conseguir um bom marido. O problema é que Connor só percebe seus sentimentos por Payton na véspera de seu casamento com outra. Quando o barco dos noivos parte rumo às Bahamas, ele é atacado e resta a Payton se infiltrar num navio pirata para salvar a vida do seu amado. A coragem une os dois, e o resgate pode gerar mais frutos do que ela imaginou.

A Trama: Payton Dixon sempre agiu como um menino, já que era apaixonada por navegação e vivia misturada com seus irmãos mais velhos, vestindo roupas de menino e agindo como tal, sem muitas frescuras de mulher. Até que Connor Drake, capitão da frota de seu pai e por quem ela sempre foi apaixonada, anuncia que se casará com Becky Whitby, uma moça órfã que eles resgataram poucos meses antes. No dia anterior ao casamento, na casa que Drake herdou do irmão morto, ele vê, pela primeira vez, Payton vestida como uma mulher, apertada em um espartilho. É aí então que ele começa a vê-la com outros olhos, principalmente por ter um corpo tão feminino que as roupas de homem não tinham deixado-o ver. Quando tem a suspeita de que a Srta. Whitby é uma espiã do maior rival dos Dixon, Sir Marcus Tyler, Payton fará de tudo para impedir esse casamento e, mesmo quando consegue, Drake e Becky partem num navio para se casarem em Nassau. É aí que o navio deles é atacado e os dois são levados reféns pelo maior inimigo pirata de Drake. Sem ver nenhuma outra alternativa, Payton fará de tudo para resgatar o homem que ama. 
Sinceramente, o livro é uma trapalhada atrás da outra, e o que poderia ser uma história brilhante e de tirar o fôlego, acaba se tornando uma coisa caricata e mal trabalhada, onde os acontecimentos parecem se atropelar, com um ritmo muito acelerado que não fez nenhum bem à trama. Mesmo para a época que o livro foi escrito (em 1999), a trama é fraca e clichê, e eu não gostei nenhum pouco disso.

A Protagonista: Payton me irritou profundamente. A autora quis fazer dela uma personagem de época forte e determinada, que não deixava sua vida ser influenciada pelos homens, mas tudo o que ela fez foi uma personagem irritante e bastante idiota. Sério, Payton tomava cada atitude estúpida, que eu tive vontade de entrar no livro várias vezes e dar umas chineladas na cara dela. Tem toda aquela coisa de ela estar descobrindo sua feminilidade e sexualidade agora, o que deveria deixar a personagem mais vulnerável quando se tratasse disso, mas em questão de segundos era como se ela já fosse uma profissional do sexo u.u #falomesmo

Personagens Secundários: Sinceramente, não consegui gostar de nenhum. Drake queria passar uma cara de liberal e tolerante quanto à mulher independente, mas logo se mostra tão intolerante quanto qualquer homem da época. Isso se aplica também aos irmãos de Payton, mesmo que os dois do meio sejam os mais brincalhões. Até eles me irritaram pela falta de senso do momento que saíam se socando por aí. Georgiana, esposa do irmão mais velho, é a responsável pela liberação da mulher dentro de Payton, uma puritana que ficava de boca aberta sempre que ouvia a menina falando um palavrão. Ela é que mais me agradou na história, mas nada para se destacar.

Capa, Diagramação e EscritaA capa é linda e a presença do espartilho faz com que tenha a ver com a história. Eu me perguntava qual o motivo das flores, que não tinham nenhuma conexão aparente, mas depois de pensar um momento, cheguei a conclusão de que podem representar essa liberação da feminilidade de Payton, mas mesmo assim acho que não têm muito a ver, apesar de terem dado um ar mais bonito à capa. Adoro a fonte usada para o título e a cor, e o título e nome da autora são em relevo. A diagramação é simples e a usual da editora, ou seja: espaçamento e tamanho da fonte bons para leitura. Não compreendo a citação "Uma escrita brilhante" da Publishers Weekly na capa, nem o motivo deles terem escrito isso, porque, honestamente, a escrita não é brilhante. Meg... Ops... Patricia teve uma deficiência muito grande na criação dos personagens e das ações (na minha opinião, né gente), mas nas descrições dos lugares até que ela se deu bem. Mesmo assim, achei a narrativa fraca e falha, não me convenceu muito.

ConcluindoDevido às várias cenas de sexo durante o livro (hentai puro, gente), não recomendo para menores de 18 anos (apesar de eu saber que vocês leem essas coisas, né mocinhas? haha) e para aquelas pessoas que não gostam de livros assim. Essa foi minha primeira experiência com a Meg quanto Patricia em seus romances de época e eu não gostei nada. Tá, vamos ser justos, algumas coisinhas aqui e outras ali se salvam no livro, e as partes mais quentes, digamos assim, valem à pena para quem gosta (até eu curti), mesmo que algumas se tornem repetitivas. No final, como todos que leram o livro, cheguei à conclusão de que o título não tem conexão nenhuma com a história, em nenhum momento é feito uma proposta inconveniente, mas né... Como em alguns outros livros que eu já li dela, percebi que Meg/Patricia não sabe muito bem que nome colocar nos livros. Porém isso é questão de opinião. Bom, como sempre digo, você pode gostar do livro mais do que eu (ou menos ainda, vai saber), então se você queria ou ainda quer ler esse livro, sugiro que leia e tire suas próprias conclusões, o livro pode ser até bom para passar o tempo, mas fica aqui minha sincera opinião.

Quote:
- Sim, Pay, eu notei que você já tem seios. Quando isso aconteceu?
- Não sei. - Payton balançou a cabeça, pensativa. - Acho que no último verão. Em algum lugar entre New Providence e Keys.
- Eu não vi seios em você quando estávamos em Nassau - declarou Ross. Sendo o mais velho, ele sempre se aborrecia quando Payton, a caçula, fazia alguma coisa sem pedir permissão; por exemplo, crescer.

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